• Nota à comunicação social sobre o Hospital Distrital de S. João da Madeira

Nota à comunicação social sobre o Hospital Distrital
de S. João da Madeira

No decurso de várias notícias que circularam na comunicação social, o PCP solicitou
uma audiência ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Entre Douro
e Vouga e, ainda, informação sobre a atividade do nosso Hospital Distrital.
O Conselho de Administração prontamente se disponibilizou para reunir com uma
delegação do PCP e, de modo transparente, prestou as informações solicitadas.

Então, constatámos que a atividade hospitalar, em 2016, registou um significativo
aumento das consultas abertas, isto é, das consultas não programadas (aquelas
que são designadas de “urgência” (com aspas) pelo protocolo de 2008).
Também a atividade do Hospital de Dia, na especialidade de Psiquiatria, registou
um aumento. Contudo, é muito preocupante a redução da atividade nas seguintes
áreas de incidência: cirurgias do ambulatório (com menos 16,4 %, do que a média
mensal dos últimos três anos); consultas externas (com menos 36,5 %); meios
complementares de diagnóstico (com menos 8,1 %).

 

 

O Sr. Presidente do Conselho de Administração considerou que estas quebras da
atividade são conjunturais, e comprometeu-se com a sua rápida correção,
assegurando, ainda, que já estão a ser tomadas importantes medidas no sentido
de otimizar a atividade do Hospital.

O PCP considera positivo que estejam a ser implementadas medidas para a
otimização da prestação dos cuidados de saúde às populações, pois, acredita
que esse é o caminho para que se concretize, na realidade, aquilo que o grupo
parlamentar do PCP já conseguiu através do seu Projeto de Resolução
n.º 1387/XII/4
a, ou seja, a manutenção da gestão pública do Hospital Distrital
de São João da Madeira, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, bem como
a contratação efetiva de todos os profissionais que respondem às necessidades
permanentes do seu funcionamento.

Porém, ciente de que o Hospital de São João da Madeira não permanecerá sob
a gestão pública, só porque que a lei o determina (sobretudo, se prosseguir
num rumo decrescente da atividade), o PCP continuará atento à evolução da
atividade do Hospital e a exortar a mesma atenção nos munícipes. Para o PCP,
as palavras são as de sempre e assentam, para além do que já conseguimos,
na reposição do Hospital Distrital de S. João da Madeira: com administração
própria; com as valências que foram desativadas e integradas no Centro
Hospitalar de Entre Douro e Vouga; com a urgência referenciada que manteve
durante décadas e que, incompreensivelmente, lhe foi retirada.

Concluindo, o PCP continua a lembrar e a criticar o aval que as várias frentes
políticas locais prestaram ao protocolo assinado em 2008, entre a Câmara
Municipal (presidida pelo Dr. Castro Almeida) e a Administração Regional de
Saúde do Norte (na presença do Ministro António Correia de Campos), pois,
considera que esse protocolo apenas consumou o propósito político de
legitimar um modelo de gestão hospitalar, centralista e responsável pela
drenagem funcional do Hospital de S. João da Madeira, em benefício do
Hospital São Sebastião, em Santa Maria da Feira.

Partido Comunista Português

Organização Concelhia de S. João da Madeira

Rua Alão de Morais, 526 – 3700-020 S. João da Madeira