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IX Assembleia de Organização
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- Criado em quinta-feira, 29 dezembro 2011 21:13
Comunistas reúnem-se em Assembleia
A organização concelhia de S. João da Madeira do PCP realizou a sua IX Assembleia no passado sábado dia 10 e contou com a presença do dirigente da Comissão Política do CC e responsável pela organização distrital, Carlos Gonçalves.
Dando cumprimento à prática do partido de, periodicamente analisar a actividade realizada, definir a orientação para a actividade futura e eleger a respectiva direcção, os militantes responderam à convocatória da sua comissão concelhia e durante a tarde de sábado, debateram a situação política actual, reflectiram sobre a forma e o conteúdo da sua intervenção desde a anterior Assembleia (Março de 2009), analisaram o contexto local (onde actuam) e, aprovaram uma Resolução Política que sintetiza o compromisso colectivo da organização relativamente à sua intervenção nos próximos tempos.
Elegeram ainda a nova Comissão Concelhia, composta 15 militantes, 7 mulheres e 8 homens, com idades compreendidas entre os 24 e os 75 anos, com formações académicas e profissionais diversas mas com o compromisso comum de,” além de organismo de direcção do Partido no Concelho, se assumirem como uma verdadeira comissão de luta de massas”.
Na caracterização da situação política contida na Resolução Política aprovada pode ler-se que, “ A IX Assembleia da Organização Concelhia de S. João da Madeira decorre num quadro de agravamento da crise estrutural do capitalismo, de grande instabilidade e insegurança e de perigos crescentes na situação internacional. Confirma-se o aprofundamento da crise económica e financeira mundial e da recessão na tríade capitalista (EUA, UE e Japão). As recentes cimeiras internacionais aprofundam a linha de apoio ao capital financeiro e de continuidade das políticas que conduziram à crise actual e demonstram a intensificação das contradições inter-imperialistas – com destaque para a guerra monetária entre os EUA e as principais potências da UE – e entre estas e as "economias emergentes". Confirma-se que o capitalismo não tem saída e é cada vez mais incapaz de responder aos problemas da humanidade. É necessária uma nova sociedade livre da exploração e da injustiça social – o socialismo”.
Ainda na Resolução Política mas análise à situação local é afirmado que, “Sendo S. João da Madeira um concelho fortemente industrializado e de comércio e serviços, continua a perder muitas das suas unidades industriais e comerciais, sendo o caso mais relevante, o encerramento da sua empresa mais emblemática a Oliva! Este encerramento significou forte prejuízo para os seus trabalhadores e famílias, para o concelho e para a região mas também para o país que deixou de exportar diverso material de fundição e passou a importar aquele que precisa para seu próprio uso. Houve ainda evidente prejuízo ao nível do comércio local: a diminuição do poder de compra ajudou ao aceleramento do fecho de diversas lojas comerciais desprotegendo ainda mais o já tão flagelado comércio local. O concelho conta hoje já com cerca de 1200 desempregados registados, o que equivale a cerca de 2000 em números reais (aplicando as taxas do INE), e a uma acentuada precariedade no emprego, de que é muito elucidativo o caso do comércio, onde o emprego com vínculos foi substituído por emprego sem direitos (veja-se o 8:ª Avenida),
Mas também os serviços a prestar à população têm vindo a perder qualidade: porque restringem o número de trabalhadores envolvidos e ou porque suprimem meios e recursos aos trabalhadores que os prestavam: foi a EDP, é a Telecom que está em acelerada degradação e os seus cerca de 100 trabalhadores já não podem servir os utentes da forma como o faziam! É a acelerada restrição de serviços prestados pelo nosso hospital desde a retirada do serviço de urgências e que confirma os piores receios manifestados em momento oportuno pelo PCP (e que traduziam as preocupações da população)! É preocupante a situação do hospital e ela implica de novo a intervenção dos comunistas e da população em geral no sentido de evitar o seu encerramento, exigindo a reposição do serviço de urgência e das especialidades que lhe foram retiradas, porque hoje é evidente que o Hospital S. Sebastião, na Feira, se encontra à beira da ruptura! Mas também a tentativa de encerramento da Linha do Vale do Vouga, tem merecido a atenção da organização local em vários momentos: pela sua preservação, pela sua reabilitação e modernização e mais recentemente pela sua manutenção. O encerramento desta infra-estrutura representaria uma perda significativa nos serviços de apoio à população, e por isso será objecto de luta continuada pela sua manutenção. A isto deve acrescentar-se a não resolução da ligação de S. João da Madeira à auto-estrada na Feira o que asfixia a mobilidade dos sanjoanenses e por isso deverá continuar a ser objecto, na assembleia municipal e nos meios e locais adequados, de reivindicação dos comunistas, a resolução do problema do engarrafamento do tráfego no acesso à auto-estrada”.
E, relativamente à gestão da autarquia, é afirmado:”Como disseram os comunistas já no primeiro mandato do actual presidente, não se notou alteração significativa na forma de gerir o município: É grande preocupação com obras de acentuada visibilidade, às vezes, megalómanas; Criam empresas municipais para gerir o que devia ser competência do município e encarecendo desta forma o serviço prestado à população, Não defendem os interesses dos munícipes, no que aos cuidados hospitalares diz respeito por falta de intervenção assertiva que obstaculize o definhar do hospital, e provavelmente o seu encerramento; Não se conhece posição clara em defesa da manutenção da Linha do Vale do Vouga; Alienam património municipal cedendo terrenos do município a entidades privadas.A CDU tem-se batido por uma política local ao serviço das pessoas, ainda que isso possa implicar trabalho sem visibilidade aparente: intervindo, denunciando, propondo, exigindo! Para uma gestão humanizada da autarquia, bem falta faz, a presença de vereadores da CDU e de mais eleitos seus nas Assembleias Municipal e de Freguesia!”.
Foi evidente nos compromissos assumidos pelos comunistas da organização concelhia, a convicção de dar andamento às linhas da acção “Avante por um PCP mais forte!”, no recrutamento, integração dos militantes, estruturação orgânica, reforço da intervenção, recolha de meios financeiros e divulgação da imprensa do Partido
Comissão Concelhia de S. João da Madeira do PCP